A evolução do esporte até tornar-se “espetáculo”
aconteceu de forma “natural”, pois, no sistema capitalista, um fenômeno aceito
e incorporado tanto pela classe trabalhadora quanto pela classe dominante não
poderia passar despercebido. Assim, o esporte, principalmente depois da Segunda
Guerra Mundial, passou a ter conotações mercadológicas.
O esporte, na segunda metade do século XX, assumiu
grande relevância social. Para muitos praticantes, esse fenômeno representava uma
forma de status e, principalmente para as classes menos favorecidas, era o meio
mais rápido de ascensão social.
Os meios de comunicação de massa contribuíram para a
divulgação e ajudaram a criar essas “falsas ilusões”, valorizando o esporte e
tornando-o uma mercadoria de consumo.
Mas você sabe por que aconteceu isto? Para atender aos interesses de quem?
Alguns pesquisadores escrevem sobre este tipo de
desvirtuamento que o esporte foi submetido:
Proni (1998, p. 93), com base nos estudos de
sociólogos, argumenta que:
“(...) antes do domínio da televisão, mudanças
nas regras, estrutura e calendário foram introduzidos para aperfeiçoar o
esporte ou incrementar a assistência das partidas. A partir do momento que o
controle econômico se deslocou para a televisão, mudanças foram introduzidas
para agradar os telespectadores ou gerar mais receita com propagandas”.
Um dos exemplos mais claros seria a questão da
exploração da mídia sobre o voleibol, o qual teve suas regras alteradas em
favor de interesses da televisão, como no caso da exclusão da “vantagem”, e
também a inserção do “tempo da TV” que acontece sempre no oitavo e décimo sexto
ponto de cada set.
Leia mais em : "O Voleibol sob uma nova roupagem".
fonte: Livro didático público Educação Física / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. –248 p.
ISBN: 85-85380-32-2
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